O cara fora da noite

Já tem um tempo que estou me poupando de baladas. Não sinto a menor falta das coisas que só acontecem na noite e dos resultados que elas implicam sobre os dias que a sucedem. Que fique claro:

- Não estou louco;
- Muito menos doente;
- Não é problema financeiro;
- Nem desilusão amorosa.

Balada pra mim se dá pela soma de três coisas: amigos reunidos, house music e momentos especiais (engraçados de preferência). O que acontece fora disso é lucro ou prejuízo, dependendo do meu humor no dia. E o que acontece se as amizades não estão na mesma vibe, se a música já não toca no mesmo ritmo que a batida do seu coração ou se os momentos já não são tão bons como antes? Eu deixo de aproveitar a noite, de curtir como deveria, e me dá uma puta sensação de tempo perdido. O que sobra é uma noite mal-dormida, um bate-boca ou outro ali e um cansaço físico e mental, que implica em falta de produtividade durante os outros dias da semana. Não rendo no trabalho, na academia, nos meus projetos...

Resumindo: Tô fora! Decidi colocar em primeiro plano os meus sonhos e projetos, aquilo que eu imagino para a minha vida daqui a uns 10, 20 anos. Tudo tem que ter um começo com o máximo de esforço, determinação, empenho. Não dá para gastar energia a toa.

Ao contrário da maioria das pessoas que vejo quando saio por aí, quero ter uma velhice confortável, construir uma história, ter méritos profissionais, ser reconhecido. Esse papo de ficar parado, mendigando pulseira de camarote não é pra mim, definitivamente. Sou do tempo que ser VIP tinha outra conotação, e olha que eu não sou tão velho assim. Você é O cara? Tem poder, influência, méritos? Pronto! É uma questão simples de quem você é e o que você faz para ter e manter esse reconhecimento.

Eu vou ser O cara. Em alguma coisa, para alguém, em algum lugar. Estou contruindo minha história sem deixar de lado aquela velha filosofia que eu não canso de repetir: ser feliz, sempre, mas com consciência e maturidade.