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terça-feira, 30 de junho de 2009

Quer saber porque eu tô feliz?

- Não, eu não vi um passarinho verde!

Como sabem finalmente perdi Ana Griebler! Sim, a história da garota chegou ao fim e depois da primeira revisão resolvi abrir a história para críticas, sugestões e esculhambações de alguns amigos.

O Thiago Cimini acompanhou todo o processo e disse que a obra é completa, objetiva e única. Devo a ele toda a gratidão e incentivo por um feedback quase diário, capítulo a capítulo. Eu torrei a paciência dele, tenho certeza...

O Bruno me disse que o quê leu lembra as histórias da autora espírita Zíbia Gasparetto, e eu na dúvida logo questionei se isso era um elogio ou uma crítica, já que a última coisa que quero é a minha história empilhada na prateleira de livros religiosos ou de auto-ajuda. Ufa, ele me tranquilizou a tempo.

O Rafa Bunhi, de Sorocaba, após ler um trecho me alertou que pelo tipo de narrativa surgiriam comparações com "A Menina que Roubava Livros”. Ana Griebler não tem nada de Liesel Meminger, isso eu garanto! Mas tal comparação com um dos meus blockbusters favoritos me deixou envaidecido à bessa.

Por fim, no domingo já me preparava para dormir quando recebi um SMS do meu amigo das antigas, Rafael Antônio, reproduzido ipsis literis abaixo:

"Ana Griebler: uma Macabéia contemporânea"

Eu? Clarice Lispector? Todo o respeito e humildade nessa hora. NENHUMA pretensão, mas cá para nós: é ou não é um elogio de deixar qualquer um com um sorriso estampado no rosto?

E não acabou! Para completar, ontem e hoje a equipe de teatro ARTE E AÇÃO (Timóteo/MG) apresentou a cena "Foto Encontro" com direito a muitos risos e aplausos, menção honrosa e mammys e irmão sentadinhos na platéia, super orgulhosos do cara aqui.

É óbvio que não sou tonto. Mas o previsível reconhecimento da minha mãe, irmão e amigos, já valem mais do que os 55 milhões que eu não ganhei no fim de semana passada. Ok, eu exagerei.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Só no Forevis

Ainda sobre o Michael

por Rafael Antônio

Estou muito triste com a morte de Michael Jackson. Não dou risada das piadas que estão fazendo sobre ele. Todas de extremo mau gosto e desnecessárias. Tenho mais conhecimento de sua vida pessoal e de seus hábitos excêntricos do que de sua obra musical. No entanto, nunca desconheci seu talento. Acredito em sua inocência e sempre a defendi. Vítima da falta de moral do próprio pai, ficou obcecado em personificar o filho ideal e se perdeu em meio aos seus traumas de infância. Deixou a vida superar a arte e causou sua queda tão rápido quanto revolucionou o cenário musical de sua época. Fico triste por não poder vê-lo retornar. Mas assim como todo mito, teve uma morte grandiosa, seja pela maneira estúpida como foi ou pela comoção mundial que causou. Espero que agora as infinitas especulações sobre sua vida não ofusquem sua carreira, porque, se como ser humano foi igual a todos nós, cheio de fraquezas, mas que infelizmente não pode superar; como cantor foi único, a ponto de se tornar uma das poucas lendas viva do pop mundial, mas que infelizmente não teve tempo de ver até onde sua trajetória ainda poderia chegar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Isso é Márcia Felipe e Ciaaaaaa...


* Valeu Marília!


Só se fala no Michael

Estava pensando enquanto vinha para o trabalho no quão difícil devia ser para ele olhar no espelho e ver na sua frente nada mais nada menos do que O MICHAEL JACKSON, o cara que mais vendeu discos, o rei do pop, o acusado de pedofilia, o endividado e blá blá blá.

A deterioração da sua imagem, na minha opinião, é fruto de uma desestrutura pessoal: o cantor foi vítima de uma indústria fonográfica maquiavélica, de uma família gananciosa e da total perda do individualismo - que só o anonimato é capaz de garantir. As suas esquisitices e peculiaridades vinham à tona no mínimo deslize e viravam pautas inquisidoras nos quatro cantos do mundo, em todos os tipos de mídia disponíveis.
De repente,ele se viu maior do que realmente era. Um verdadeiro astro, mas sem a menor credibilidade: Se falava que tinha vitiligo, ninguém acreditava. Se dizia ser inocente das acusações de pedofilia, todo mundo duvidava. Era ridicularizado pelo consumismo desenfreado, megalomania e pela busca de referências que ele jamais teve. O menininho de cinco anos que era explorado pela família cresceu e, na busca por uma história diferente para seus filhos, casou-se duas vezes e improvisou disfarces para tentar poupá-los da mesma indústria que o destruiu. Burcas, máscaras, esconderijos.

Michael Jackson, o mito, o astro pop de Thriller. Michael Jackson, a pessoa, pai, filho, exótico, único, com erros e acertos como qualquer um de nós. A contrução de um, o fracasso de outro. Quem levou a melhor? Só ele e as pessoas que eram próximas podem dizer. Mas por tudo o que sempre ouvimos e vimos ao seu respeito, por todas as notícias que consumimos durantes todos esses anos...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Don´t walk away, Michael!

Não acho a morte de Michael Jackson um fato que impressione. Ele se tornara há anos uma figura controversa, polêmica e caricata. Tudo isso elevado a enésima potência: Tiveram escândalos sexuais, acusações de pedofilia, um rosto desfigurado, um nariz corroído, um suposto vitiligo e um clareamento de pele assustador que tornou a mínima exposição ao sol algo perigosíssimo. E as luvas, máscaras, disfarces e burcas nos filhos? Bebês pendurados na sacada e uma voz cada vez mais fina, digna de um personagem dos desenhos animados. E esqueçam essa história de Peter Pan... Michael Jackson envelheceu e da pior forma possível: sem aceitar que isso é uma ordem natural da vida.

Quando cheguei em casa e soube que ele estava morto ( na realidade em coma com óbito não confirmado) tive a certeza de que:

1) Morria o ícone máximo do pop;

2) Surgiria uma verdadeira onda “Nós sempre amamos e valorizamos o Michael”, por parte de celebridades e anônimos, quando na realidade ele era mais ridicularizado do que qualquer outra coisa;

3) A família desestruturada dele, de repente viraria a melhor e mais unida família do mundo;

4) Haveria uma espetacularização máxima do mórbido fato;

5) Crianças prodígio devem ficar longe dos holofotes ou, caso não seja possível, que tenham um acompanhamento psicológico e uma família estruturada com regras bem claras, que permitam que elas cresçam sem frustrações e saibam lidar com a perda ou fim da fama.




cortesia de www.letras.com.br

Agora sim o Michael foi para a Terra do Nunca... Nunca Mais!
(or Never Land, no. Never more!)

Surtadinho

Pega o Tarso da novela das 9 e acrescente uma boa dose da menininha do Exorcista. O resultado? Bruno - não o Gagliasso e sim o garoto do vídeo abaixo - que simplesmente SURTOU quando descobriu que a sua mãe havia cancelado a conta no game World of Warcraft.



Bom argumento para aqueles que defendem a censura nos games e justifica a iniciativa proibitiva da mãe do garoto que, espero eu, esteja frequentando um bom psicanalista ao melhor estilo Dr. Castanho.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Teaser - Os Normais 2 (2)

Overview 24/06/2009

Os escândalos se sucedem no Senado. Na manchete de hoje pelo menos 250 cargos foram preenchidos com “ato secreto”. Política. Depois de um estardalhaço e anunciarem até quais cidades receberiam a categoria dissidente da Fórmula 1, as equipes desistiram e salvaram pelo menos o campeonato da FIA do próximo ano. Repito, política. Jesus Luz esnoba convite de malhação. Quem? Ah! Isso dias depois da Priscila do último BBB ter sido excluída num paredão surpresa montado pelo elenco do seriado. De novo: QUEM? SBT muda Hebe de horário, contrata Eliana, Justus, perde Gugu. Pânico que também iria, preferiu ficar na REDE TV. A gripe H1N1, que já foi do porco, hoje é dos brasileiros também. Com variação nacional e tudo mais. E como alegria de pobre dura pouco, um juiz (fumante, aposto!) vetou a lei antifumo em São Paulo. A lei é uma das apostas do governo de José Serra, obviamente já de olho nas eleições do próximo ano. Aécio, seu concorrente direto no PSDB, continua determinado a ser o escolhido, alterando até o peso da importância dos paulistas nas prévias do partido. Lá fora, no Irã a coisa continua pegando fogo. Literalmente. Se o Bush presidente dos Estados Unidos fosse...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A minha cólera

Acabei de ter um surto saudosista. Tudo começou com uma caixa de emails repleta de efervescidas campanhas discutindo a obrigatoriedade (ou não) do diploma de jornalista. Nada muito novo, entrei na universidade ouvindo essa balela, de modo que tudo soa muito velho, chato, sem graça. Resolvi que não perderia meu tempo com isso. Acho um assunto demodê e por mais que eu saiba que o meu também esteja na reta – afinal perdi quatro anos da minha vida com essa bobagem de curso – não tenho o menor impulso ou motivação de participar das inúmeras campanhas, protestos, boicotes etc e tal que está rolando por aí.

Por uma razão muito simples: Eu mesmo não acredito na necessidade de um canudo, ainda mais diante da precária estrutura educacional e fraquíssima ementa lecionada na tal da comunicação social. Vou ser apedrejado em praça pública por isso, mas para mim, amanhã fará dois dias da tal decisão do Superior Tribunal de Justiça. GRAÇAS A DEUS fiz uma pós que me possibilitou mudar a tempo de profissão. E olha que eu fui de extremos, de um curso recém aberto em uma universidade pública para uma das melhores – se não for A principal – escolas de comunicação do país, obviamente particular. Quer saber? Apesar da estrutura de uma e das salas bem mais equipadas que as da outra, o que sobra é o mesmo lero lero e conversa fiada para boi dormir de sempre... Tudo farinha do mesmo saco.

Divaguei, óbvio. Entrei agora há pouco na página do curso lá de Viçosa. Gente, sério... eles ainda continuam discutindo o nada numa repetição exaustiva. Como eles aguentam? E o mais engraçado de tudo é que agora, do lado de fora, olhando de longe e por cima da carne seca, começo a achar graça de tudo. Dá sim para ser diferente, dá sim para ser melhor, mas para quê se na essência é o curso de JORNALISMO (e o de pp, rp e rádio e Tv também) que não vale nada?

Vai um Copo de Cólera aí jornalistas de merda? Não são capazes de uma mobilização decente que enfim justifique a história do quarto poder. Julgam capazes destronar e empossar quem bem entendem, de convencer as massas, mas na hora que precisam de uma defesa pessoal transbordam fragilidade e incompetência. E eu me incluo no time, oras, não fui eu mesmo que comecei o post falando que não participaria de nenhuma dessas campanhas, protestos, listas, boicotes e abaixo assinados? Acontece que o que fiz, está feito. Se já perdi quatro anos, não há amor a profissão ou senso de justiça que me faça perder um segundo nessa luta fadada ao fracasso (deles, não o meu).

Quer saber como se aprende a escrever? Pois bem, não há decisão judicial, canudo, legislação que substituam talento, dom, boas doses de leitura diária, atividade prática, blog ou mesmo um pedaço de papel qualquer. Treino, erro e, por fim, uma dissertação coerente. Aprendam.

Pêlo em casca de ovo

Essa deve mexer com os profissionais do merchandising: Manchete do jornal Bom dia Brasil (Rede Globo) de hoje: “O diretor-presidente da Anvisa disse que vai restringir acesso a remédios de modo que paciente seja orientado por profissional” Segundo Dirceu Raposo “A proposta é restringir o acesso do paciente. Não impedir o acesso, mas fazer com que seja orientado por um profissional farmacêutico.”

Hoje em dia funciona mais ou menos assim. A disposição dos itens em uma farmácia está estruturada de forma a permitir uma circulação entre as suas gôndolas repletas dos mais diversificados e “atrativos” produtos, não necessariamente medicinais (de absorvente, desodorante, camisinhas e suplementos alimentares a analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios). Qualquer consumidor para chegar até o caixa ou a balança percorre um caminho previamente estudado para gerar curiosidade e, é claro, otimizar as vendas através da compra por impulso, da mesma forma que acontece com os supermercados e padarias.

Com as novas determinações da Anvisa a estruturação do ponto de venda terá de ganhar novas formas, colocando a criatividade dos profissionais envolvidos à prova. Eu aprovo toda e qualquer mudança, embora ache um saco as proibições, mesmo porque retirar os medicamentos das gôndolas não irá restringir nenhum tipo de venda. Nunca na minha vida me solicitaram uma receita médica e conheço casos bem próximos de pessoas que utilizam remédios faixa preta, por exemplo, sem qualquer orientação médica. Então a pergunta que fica é do que adianta essa encheção toda?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

25 atos para levar para sempre

Ato 1

O momento em que eu nasci. Nove horas da manhã em São Paulo.

Ato 2

Pneumonia. Eu tinha apenas 17 dias e fiquei quase 2 meses internado. Embora tenha sido desacreditado por todos os médicos, a fé e o amor de meus pais e familiares me salvou. “Filho da Promessa”

Ato 3

As inúmeras vezes que pedi minha mãe para ler Bernardo e Bianca para mim. Minha história favorita.

Ato 4

As festas de aniversário. Minhas tias Lu (na época Tuti) e Meire decorando. Tio Marquinhos e Tia Nem ajudando minha mãe com os comes e bebes.

Ato 5

Lambada com a Priscila, brincadeiras com a Keyla e Nilmara, vôlei com Vinicius, Kyas e Eli.

Ato 6

Teve um dia que minha mãe prometeu me levar no Trem da Alegria (uma espécie de “ônibus” aberto, todo iluminado, que fica tocando músicas infantis). Eu, todo animado, pedi a empregada da época que me levasse rápido da escola para a casa na garupa de sua bicicleta. Enfiei o pé no raio da roda, muito sangue, alguns pontos. Fiquei sem ir à escola por alguns dias e ganhei muitos presentes. Não doeu tanto assim, ainda tenho uma cicatriz.

Ato 7

O dia em que “cozinhei” na hidromassagem. Sem que minha mãe soubesse liguei a água na maior temperatura. Ela chegou a tempo de salvar a minha vida

Ato 8

O dia em que minha mãe me contou que estava grávida e eu descobri que teria um irmão. Eu tinha cinco anos e ela deixou que eu escolhesse o nome. Rafa, te amo!

Ato 9

Todos as épocas em que um circo ou um parque de diversão chegava na cidade. Eu ficava contando os dias para que meus pais me levassem até lá.

Ato 10

As inúmeras viagens para São Paulo para ver a outra metade da família. O cheiro da casa da minha avó, o reboco no fundo do vaso sanitário que me fazia ter verdadeira repulsão a ele, o panetone, as balas que meu avô trazia... Idas ao Simba Safári, zoológico e shopping com o Aron e a Taís.

Ato 11

As perdas. Taís, minha avó Jacira e meu avô Geraldo. É triste despedir de quem se ama.

Ato 12

Domingos na casa da minha avó Maria Luiza e meu avô Clodovino. Família toda reunida, um falando mais alto que o outro...

Ato 13

O dia em que quase morri em um acidente de carro, a caminho do sítio em Ladainha. Uma carreta ultrapassando a outra numa pista sentido duplo, no Trevo de Jampruca. O abismo, a derrapagem, o tombamento, gritos e a poeira subindo. Fui o último a ser retirado do carro.

Ato 14

As inúmeras idas às fazendas que meu pai comprava. Em uma delas, íamos todos os sábados para tratar de porcos. É óbvio que eu ODIAVA, mas era quase uma obrigação. Lembra do lema “família unida jamais será vencida”? Mais ou menos por aí.

Ato 15

Acordar cedo para ir a Escola Bíblica Dominical. Eu queria MATAR quem concebeu isso. Acordar DOMINGO, oito horas da manhã? Demorei a entender o significado de religião... A fé move montanhas, hoje eu sei.

Ato 16

O dia em que beijei pela primeira vez. Aposto que vocês querem detalhes...

Ato 17

O dia em que eu transei pela primeira vez. Se eu não contei nem como foi o primeiro beijo, vocês esperam mesmo que eu conte detalhes de uma foda?

Ato 18

Namoros. Não me arrependo de absolutamente nada.

Ato 19

O dia em que eu finalmente não precisei mais mentir. É tão bom saber que aquilo que você é conta mais do que o quê você faz entre quatro paredes.

Ato 20

Aula de teatro, de canto, violão, saxofone, teclado... Joguei a toalha...

Ato 21

UFV. Quatro anos incríveis. Parecia até um daqueles seriados: de repente um cara vai morar sozinho e a trancos e barrancos se ajeita na vida. Saí de lá com o diploma de jornalista, mas mais do que isso, com maturidade e responsabilidade suficiente para prosseguir.

Ato 22

Instituto Serginho. Trabalhar em uma ONG te faz ser mais gente, te tira de um pedestal e aproxima do verdadeiro Brasil que existe e que infelizmente passa bem longe das grandes lojas e fileiras dos supermercados. Acorda gente! Tem um monte de gente dormindo ao relento, sem um prato de comida.

Ato 23

Amigos em festas. Acho que sou um cara de sorte por sempre conviver com um montão de gente que gosta de mim. E eu gosto um tantão de todas elas também.

Ato 24

Meu próprio negócio não deu certo. Tudo na vida tem um porquê e eu sei que a Exclusivo Comunicação Integrada foi o começo de tudo.

Ato 25

A volta para SP, a pós, os projetos, o hoje!

Como diz o cartão que recebi hoje de dois amigos cariocas: “Sonhos tem seu próprio tempo, eles seguem o ritmo do coração”.

Quer saber? Tá explicado... Meu coração bate em ritmo acelerado!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Teaser - Os Normais 2

Divertido


Don't Judge Too Quickly... We Won't. - Click here for more amazing videos

O mundo na visão dos norte-americanos

É só clicar que na figura que ela se torna legível!






Quase lá

Já passam das nove horas da manhã e, sem querer bancar o Jack Bauer, tenho exatas vinte e quatro horas para colocar no eixo alguns pontos importantes da minha vida para enfim deixar os vinte e quatro anos com a certeza de missão cumprida.

O tempo passa cada vez mais rápido. As obrigações se tornam mais urgentes, as cobranças mais emergenciais e não adianta apenas empurrar com a barriga confiando que o amanhã será melhor. Os cabelos brancos começam a não ser novidade, embora eu ainda consiga retirá-los um a um com a pinça; as rugas começam a desenhar um fino e quase imperceptível traçado no meu rosto, mas eu me conheço muito bem e sei exatamente onde daqui a poucos anos elas tomarão suas formas; o que antes bastava para me sustentar e levar uma vida numa boa, hoje é um trocado que não satisfaz os meros e caprichosos necejos de um consumista qualquer.

Resumo da ópera: envelheço, a contragosto. E sempre com a sensação que os dias duram menos, que os meses passam rápidos e a galope, que o ano é um tempo curto demais para essa balela de planejamento a longo prazo. O dia é hoje, amanhã será hoje, depois de amanhã também.

Cada dia mais coisas para aprender, mais pessoas para conhecer, mais lugares para ir, mais histórias para contar, mais sentimento para demonstrar, mais trabalhos a desenvolver, mais nomes para lembrar, mais satisfação para dar ... Mais, mais, mais... mais dias, meses, anos. O tempo não pára e não há administração ou agenda que dê conta disso. 24 horas de 24 anos, o tempo não é nada. Essa história de vinte e poucos anos, a partir de amanhã, é coisa do passado.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Profissão Repórter

Eu sei que muita gente já elogiou, que o programa não é nenhuma novidade e desde a temporada passada quando estreou é sucesso de crítica, mas como isso aqui é um blog e eu posto o que bem entendo, lá vai: Profissão Repórter é de longe o melhor programa da televisão brasileira.

Aí vocês podem pensar que falo isso porque tenho uma formação jornalística estampada no meu currículo, como se eu tivesse o maior orgulho disso. Oras, sou jornalista, mas não exerço, do que adianta? E quer saber, não me vejo com um microfone na mão passando por metade das situações que aqueles repórteres passam.

Por exemplo, ontem o programa contava com personagens isolados, abandonados nesse mundão de terra que é o Brasil. Até aí Ok, ema ema ema cada um com seus problemas. Mas não dá para ficar indiferente – ou imparcial, como eu ouvi tantas vezes durante a graduação – diante de histórias como a da menina Janiela que vive na Serra do Cafundó, sem água, luz, saneamento, bolo de aniversário e o pior, comendo feijão em TODAS as refeições, porque os R$ 95 do Bolsa família só garante o arroz por quinze dias.

Caco Barcelos permitiu-se não ser tão parcial: cantou parabéns e abraçou a menina. E só. Eu no seu lugar teria aberto a carteira, comprado um bolo, balão, boneca e tudo mais que pudesse, o que reforça a minha total incompetência jornalística: não consigo não me envolver, tenho a tal síndrome do super-herói . Se bem que com o salário de jornalista não daria para fazer muita coisa, mas com o poder da vênus platinada estampada no microfone mobilizaria meio mundo para não só denunciar, apresentar ou retratar, mas principalmente ALTERAR o rumo daquelas vidas. Vai dizer que a menininha lá não merece mais do que um prato de feijão e um abraço no dia em que completa doze anos?

Tempos de Paz


terça-feira, 9 de junho de 2009

Alguns pássaros na mão prestes a voar

O que se faz quando as idéias começam a vir sem lhe deixar ao menos tomar um pouco de fôlego? Cada hora surge uma coisa nova e eu me empolgo além do que deveria. Mas logo vem uma outra que atropela sem dó a primeira. E tão logo outra e mais outra e mais outra... C'est la vie, mas não me conformo.

Não sou um cara muito conclusivo. Isso é uma coisa que precisa ser trabalhada com urgência! Sem falar que entre o 8 e o 80, sou completamente 44, sentado exatamente em cima do muro. E daí? Tal indecisão me impede de escolher entre todas as opções que hoje tenho. Fora que acho todas fantásticas (com toda a prepotência que me é possível) e só de pensar em ter de abandonar qualquer uma delas, mesmo que por um curto espaço de tempo, me dá um aperto lá fundo no peito.

É claro que é drama! Ser ou não ser, eis a questão. E agora José? O roteiro dos PNGs, a histórinha d´Elas por ele ou o romance policial Corruptor de Mentes? Ou será que transformo o roteiro de Estela e Abigail em um romance?

domingo, 7 de junho de 2009

SIA - The Girl that you lost to Cocaine



A música não é nova. O vídeo acima, por exemplo, foi adicionado em 09 de dezembro de 2007, mas a batida ganhou as pistas mesmo no segundo semestre do ano passado com um electro-house puxado (e divertidíssimo) do Dj alemão Sander Van Doorn.



E porque estou falando disso justo agora, tantos meses depois?

Em janeiro, em uma das festas do réveillon carioca, ouvi a música e comecei ali a pensar na história do que hoje é o meu livro: A garota que eu perdi. Sim, o título da canção é o grande condutor da saga de Ana Griebler, minha protagonista. Sem Sia, provavelmente não haveria livro algum, pelo menos não da forma como ele foi construído.

Fui questionado quanto ao processo criativo que me toma nessas horas. Não é dom, mágica ou privilégio. Não acredito nessas coisas! O começo de tudo é bem simples: observação e sensibilidade, nada mais. Ontem, por exemplo, foi a comemoração do aniversário de uma grande amiga no WillWillies. E lá, meio que do nada, entre uma e outra história engraçada, comecei a pensar no que será a minha mais nova empreitada, algo que ocupe meus dias e me faça sentir um pouco de prazer. Veio com tudo e o melhor: COM MÚSICA TEMA! Quer saber do que se trata? Vai um sneak peek:

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sim, até o tatu

No dia 20 de maio eu tinha postado um vídeo no mínimo suspeito do jogador Cristiano Ronaldo LITERALMENTE de olho na mala de algum companheiro de time ou seleção. Me perdoem a ignorância, não entendo muito de futebol, mas do resto, ah, deixa pra lá...
Pois bem, quem sou eu para julgar ele, não é mesmo? Por isso lancei a pergunta óbvia no post "Até tú tatu?". Se você não viu, vê aqui.

Agora vamos a um momento "tire você mesmo as suas conclusões" com as fotos que saíram em todos os blogs "especializados" nos últimos dias. As imagens são das férias do jogador na Sardenha.


Calma que tem mais...

Pensa que é só?

Vou repetir, pouca pinta é B-O-B-A-G-E-M!

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Eu sei que o blog está super tendecioso, mas sabe como é, né? Semana que vem, aquela confusão toda... E a maior incoerência está aí: a cidade fica toda agitada, cheia, empolgada para justamente... parar! Na micareta gay vale de tudo: desmunhecadas, gritinhos afoitos, rebolados coreografados de single ladies etc e tal. Ou seja, TODOS OS POSTS SE JUSTIFICAM.