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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Heróis

O Ricardo Campos, meu amigo super engajado em temas políticos, deu o start e eu peguei o embalo enquanto espero por seu post lá no Onbuddiesman:

Depois de um retirante/sindicalista, uma seringueira/evangélica arretada. Ou o melhor seria uma mãe no controle? Concordo que economista é tudo muito chato, quadrado e não representa o brasileiro médio, aquele que passa do nosso lado com todo o jeitinho e pinta de malandro. Carioca, Policarpo Quaresma e a busca por um herói que nos represente, o salvador da pátria. Sassá Mutema... Parentes, não restam dúvidas. A vida, mais uma vez, imita a arte.

Quais os próximos estereótipos que elegeremos? O pantaneiro, o gaúcho viado, o caipira, o playboy, o mendigo, o cafetão, a prostituta, o viciado? Talvez seja por isso que quando o assunto é política tudo pareça perdido. Estamos presos demais a imagens, símbolos, fenótipos e arquétipos que nem nos damos conta do valor das idéias.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O plano que eu não pretendo perder



Começo na segunda a escrever o meu novo livro, a continuação de A garota que eu perdi. Por mais que eu tenha aprendido na escola que o título é o último elemento a ser acrescentado/criado, não me contive e já inseri em caixa alta e negrito as palavras que nortearam a minha nova história: PLANOS PERDIDOS.

Entre a razão e a emoção, o dom e o amor. Chegou a hora de explorar as relações interpessoais dos meus personagens e a que ponto tal envolvimento os levará. Quantas vezes não somos "obrigados" a abandonar projetos ou nos envolvermos em outros por um simples capricho do destino? Se você tivesse que escolher entre aquilo o que você sente e aquilo que você é, o que escolheria?

O vídeo abaixo foi surrupiado do Youtube depois de uma busca simples por "Razão e Emoção". Eu fiquei me perguntando: será que somos mesmo capazes de escolher entre uma coisa e outra?




A fazenda do facebook

A que se deve o tamanho sucesso do aplicativo FarmVille no Facebook? Não sei.

De repente, da noite para o dia, o meu mural foi invadido por notificações com as atualizações de amigos que, ao invés de mensagens, vídeos e quizes, anunciavam os seus tratores, plantações, expansão, cercas, galinhas e vacas.

Como tento ser um cara 2.0, ligado a tudo e sempre atento às tendências, me juntei ao grupo e logo me vi diante de uma plantação à espera da colheita. Eu estava na minha fazenda! Um clique depois e tudo estava convertido em moedas, que logo poderiam ser trocadas por mais sementes repetindo todo o processo até que eu pudesse, enfim, comprar uma casa que me abrigasse (e os tratores, cercas, galinhas e vacas que eu falei ali em cima).

Bastou entretanto que eu ficasse um dia sem entrar no Facebook para tudo desandar: minha plantação morreu e meu mural foi completamente dominado por fazendeiros e seus rompantes agrícolas. Jogo de estratégia? Uma tentativa talvez, mas que não requer o mínimo de esforço, criatividade ou inteligência crítica dos seus participantes. Absolutamente infantil. Não deu outra: saí na mesma hora e com a ajuda do Xavier - meu amigo que não é caipira e tem horror a lida na roça - consegui desativar aquelas notificações irritantes que pipocavam sem parar no meu mural.

Ficou interessado?!? Tome nota:





É sério, gente! Todo mundo fala em adultização das crianças, mas está na hora de começar a discutir também, e com certa urgência, a infantilização dos adultos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Continuando a saga pela política brasileira...‏

por Ricardo Campos*


ir.re.vo.gá.vel
adj (lat irrevocabile)

Sempre tive certeza da fragilidade dos conceitos e da postura no âmbito petista. Mas fui conferir. Está lá no Michaelis-online: Não revogável, que não se pode anular. Mas políticos têm uma lógica própria e particular. Deve acontecer o mesmo com o campo dos conceitos.

O líder do PT no senado (lí.der sm -ingl. leader- 1 Chefe, guia. 2 Tipo representativo de um grupo) bradava aos quatro ventos a importância de repelir a postura de Sarney e clamava por seu afastamento. Com o cargo de “líder” que lhe foi designado, a certeza dos votos de seus cúmplices nesse sentido era certa. Mas Mercadante parece também ter descoberto a fragilidade dos seus próprios conceitos e a dos seus pares. Ninguém pode vencer o líder maior, o Pai de todos, aquele que consegue assumir o papel de rei e de bobo em sua política de pão e circo.

Ao final, nem o próprio Mercadante resistiu ”Mais uma vez na minha vida, o presidente Lula me deixa numa situação que não tenho como dizer não”

Não poderia ser diferente. O dicionário petista virou cartilha, escrita por Lula de próprio punho. Imaginem! Não podia dar em outra!

...Até eles se confundem!

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* Ricardo Campos, 27, agora escreve semanalmente para o D delivery! enquanto toma fôlego para a criação do seu próprio blog.

Clube das Luluzinhas

Parece "Saia Justa", mas não é! A disposição das participantes e cenário tem um quê de Manhattan Conection, e a pauta é propositalmente fútil, leve, frívola. Mais legal impossível!

Li agora à pouco na Ilustrada que SBT e Band estão interessados no Clube da TPM, o tete-a-tete de Lucimara Parisi, Beth Szafir, Clica Voigt, Lilly Ribeiro e Dani Franco. A atração funciona bem na internet, resta saber se vingaria na tevê aberta. Vale lembrar que o SBT tentou recentemente algo parecido com o Fora do Ar,programa em que Hebe Camargo, Adriane Galisteu, Kajuru e Cacá Rosset prometiam "falar o que der na telha". Não deu outra, como o próprio nome já sugeria a atração não vingou.

Eu como adoro papo de meninas - ainda mais as ricas e bem sucedidas - me diverti à bessa com os vídeos que assisti.






sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Viralíssimo

Nada contra os transexuais que fazem programa, mas eu ADMIRO PRA CARAMBA aqueles que têm culhão de trabalhar durante o dia.



Como são as coisas, não é? Eu fiquei imaginando a Lívia sem cantar por ter vergonha, talvez, do seu timbre de voz grosso, masculino... que é "igual ao da Maria Bethânia"!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sobre xales e agendas...

Ricardo Campos


...É preciso admitir. Só pode ser piada de mau gosto! Tá na cara que usar xale não combina em nada com o estilo da ministra. Principalmente se for “lindo” como afirma Lina.

Da mesma forma, não posso concordar com Lula. Agendas não combinam com a postura pratica da ex-secretária. Além do mais, encontros “ágeis”, “ligeiros” e fortuitos não costumam ser marcados em agendas. Até os mais morosos têm permanecido sem registro. Que o diga o próprio presidente. O que seria de sua imagem se ele tivesse, registrados em sua agenda, todos os encontros que teve com Zé Dirceu depois que ele foi apontado como chefe do mensalão?

Dilma, seguindo a orientação dos seus correligionários, acha pouco relevante se pronunciar sobre um xale e, de pronto, recebe o apoio de Tarso Genro.“Eu acho uma bobagem isto. Acareação de que? Acareação se faz quando tem alguma coisa grave, algum delito, algum problema.”

...Falar sobre uma agenda seria igualmente irrelevante, mas Lina não se esquivou.

Tensões a parte, voltamos às vacas magras, e as artimanhas do governo parecem atingir seu objetivo primeiro. Lina Vieira causa bem menos problemas discutindo o estilo de Dilma que ocupando cargo de confiança na receita federal. Sem agenda, o que diz Lina não é relevante. Se Dilma não pediu para agilizar, não mentiu nem cometeu crime. E por que colocar em cheque a lisura de Sarney?

Assim, numa tarde de quarta-feira, arquiva-se, portanto os processos por quebra de decoro parlamentar do senador. E a seqüência continua. Salvando a pele do homem, não há porque o PMDB criar problemas para o governo na CPI da Petrobras... E o governo segue orquestrando sua banda.

Talvez alguém mais além do governo consiga tirar proveito dessa história toda. Lina é mãe de Rodrigo Vieira, humorista dos mais conhecidos no nordeste através de seu personagem “Mução”. Tenho certeza que o presidente já deu boas risadas com ele.

Se Lula soubesse, talvez não tivesse feito qualquer comentário sobre a agenda de Lina. Já Mução, não teria o mesmo cuidado. Não perdoaria o xale, muito menos a peruca!

O presidente morreria de rir, já a ministra...

Casualty

Vou voltar a falar de Ana Griebler, a garota que eu perdi.
É que navegando pelo youtube, eu achei a abertura da série de televisão favorita da minha personagem: Casualty, uma produção inglesa cuja primeira temporada foi exibida em 1986, narra as histórias do Departamento de Acidentes e Emergências do fictício Holby City Hospital. Drama.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aprendizado

A vida é mesmo incrível: como em uma roda gigante vamos lá em cima, no céu, e no minuto seguinte já estamos lá embaixo, no inferno. Tudo muito intenso, rápido. Sentimos um frio na barriga e por mais que a história pareça se repetir, não aprendemos NUNCA! É o que nos torna grandes sábios, e também o que nos faz completos ignorantes.

Expurgar demônios, eliminar vazios e expandir. Cada vez estou mais certo de que nessa vida não existe verbo melhor de se conjugar do que este: aprender. Com erros e acertos, aos trancos e barrancos e sem dó nem piedade. Não teria a menor graça se fosse diferente.

Que grande lição tirarei do dia de hoje? Mal posso esperar para descobrir.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Drimio, a rede das marcas

Fui apresentado hoje ao Drimio, "a primeira rede social com foco no relacionamento de Fãs e Consumidores com suas Marcas". Na hora lembrei da pós, das aulas do professor Ivan, do branding. "Que maravilha", ele exclamaria.

Lembrei também de Naomi Klein e do excelente livro "No Logo". "Que tragédia, o fim dos tempos", a jornalista ponderaria. A ERA DAS MARCAS é cruel e vitimiza sem dó nem piedade pobres mortais como eu e você.

No meio disso tudo eu parei no exato instante em que já ia clicar no link de "Quero efetuar meu cadastro". Ufa! Por alguns instantes me vi a salvo de mais uma rede social.

Somos expostos, bombardeados e estraçalhados com tantas informações e novidades. Desde quando descobriram que uma boa ideia em HTML vira milhões da noite pro dia, as mentes criativas parecem ter deixado de lado pesquisas científicas, pensamentos filosóficos e um monte de outras coisas, para se dedicar exclusivamente ao mundo cibernético. É preciso saber filtrar!

Eu não soube e, com a desculpa que era só para garantir o meu nome de usuário (douglasfreitas), entrei no Drimio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Que me desculpem os fumantes, mas...

Foi o primeiro fim de semana longe da insuportável fumaça dos cigarros alheios e ao que tudo indica os fumantes sobreviveram, prova que com um esforço mínimo (ou uma proibição drástica) é possível sim abandonar o vício. Eu tinha minhas dúvidas se a lei de fato seria respeitada, como as grandes casas noturnas controlariam o acesso e como reagiriam diante de práticas contraventoras. Tudo foi muito educado e respeitoso, pelo menos onde eu estive. É claro que, vez ou outra, alguém pelos cantos ou mesmo agachado com grupinhos à volta tentava disfarçar o agora criminoso hábito de soltar baforadas em locais fechados. Eram cenas inusitadas, às vezes engraçadas e outras preocupantes, porque mostram como a dependência à nicotina é algo sério e de saúde pública. O mais legal de tudo? Voltar para casa sem aquele cheiro insuportável impregnado na pele, nos cabelos e na roupa.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cigarro OUTDOOR

Quer dizer que contra liminares e reclamações de empresários da noite a lei antifumo finalmente entrou em vigor? É hora de sair às ruas e ver como isso funciona na prática. Será que os maços de cigarro serão confiscados na porta de entrada das grandes casas noturnas? Ou fumantes serão advertidos quando riscarem os fósforos ou acenderem os seus isqueiros? É pagar para ver!

Enquanto isso, durante o dia, fumantes por todos os cantos, sozinhos, em grupos, reclamando, rindo, conversando. Sim! Mais um ponto para a lei que ajudou a socializar os paulistas, tornando as ruas um grande ponto de encontro e a escapadinha para fumar no meio do expediente, o evento do momento. Resultado: bitucas, milhares delas jogadas na sarjeta.

É aquela velha história de empurrar a poeira para baixo do tapete. São Paulo empurrou a fumaça para fora dos ambientes fechados. Questão de saúde pública? Que nada! 2010 está aí pessoal e a lei antifumo é uma manobra super inteligente do presidenciável José Serra. Pois é, ele percebeu que só com aquele papo de ex-ministro da saúde e de vacinação gratuita preventiva da gripe para idosos, seria difícil vencer inclusive as disputas internas de seu partido. Cada um joga com a arma que tem. Ele jogou com o cigarro de terceiros, que nunca mais hão de fumar dentro de locais fechados. E agora Aécio? E agora Dilma? É hora de movimentar as suas peças dentro desse imenso tabuleiro propagandista e eleitoreiro.

Falem bem, falem mal, falem de mim

Eu adoro falar mal, assumo. E se isso já foi um problema na minha vida hoje é uma solução. É claro que não vivo em função de destronar aqueles que me afrontam, confrontam ou que me incomodam. Dou a eles o espaço que merecem, quase sempre muito pouco. Não consigo ser indiferente ou guardar para mim o mal que eles me fazem e basta que alguém se mostre aberto a compartilhar da minha opinião que eu começo o discurso que não poupa os desafetos. E se não tem ninguém que me escute, não tem problema: falo sozinho mesmo!

É mais forte do que eu. Quando percebo tudo transborda. Eu simulo que estou cara a cara com a pessoa, que falo tudo o que pensa, aquilo que me incomoda, os demônios que me acompanham. E de repente, como em um passe de mágica estou livre de tudo. Uma catarse! Libero tudo o que de pior existe em mim e no minuto seguinte estou pronto para tudo de novo. Purificado, sem rancor, ressentimento, raiva.

Eu ofereço na boa o outro lado da minha face para mais um tapa a qualquer um dos que de alguma forma já me magoaram. Pago para ver. Perdôo com facilidade, da noite para o dia ou do dia para a noite. Não guardo raiva de ninguém e esqueço, de verdade, tudo o que não presta. Não tem espaço na minha cabeça para esse tipo de coisa. Os fins justificam o meio. Falo mal sim e não vejo o menor problema nisso.