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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pêlo em casca de ovo

Essa deve mexer com os profissionais do merchandising: Manchete do jornal Bom dia Brasil (Rede Globo) de hoje: “O diretor-presidente da Anvisa disse que vai restringir acesso a remédios de modo que paciente seja orientado por profissional” Segundo Dirceu Raposo “A proposta é restringir o acesso do paciente. Não impedir o acesso, mas fazer com que seja orientado por um profissional farmacêutico.”

Hoje em dia funciona mais ou menos assim. A disposição dos itens em uma farmácia está estruturada de forma a permitir uma circulação entre as suas gôndolas repletas dos mais diversificados e “atrativos” produtos, não necessariamente medicinais (de absorvente, desodorante, camisinhas e suplementos alimentares a analgésicos, antitérmicos e antiinflamatórios). Qualquer consumidor para chegar até o caixa ou a balança percorre um caminho previamente estudado para gerar curiosidade e, é claro, otimizar as vendas através da compra por impulso, da mesma forma que acontece com os supermercados e padarias.

Com as novas determinações da Anvisa a estruturação do ponto de venda terá de ganhar novas formas, colocando a criatividade dos profissionais envolvidos à prova. Eu aprovo toda e qualquer mudança, embora ache um saco as proibições, mesmo porque retirar os medicamentos das gôndolas não irá restringir nenhum tipo de venda. Nunca na minha vida me solicitaram uma receita médica e conheço casos bem próximos de pessoas que utilizam remédios faixa preta, por exemplo, sem qualquer orientação médica. Então a pergunta que fica é do que adianta essa encheção toda?

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