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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Antes só ou mal acompanhado?

- Você tem certeza que espera encontrar a “pessoa certa” no meio de uma pista de dança?

Emudeci. Ele, meu amigo, tinha plena razão e, agora diante de algo tão óbvio, só me restava perguntar o porquê de eu nunca ter percebido isso antes. Odeio comer mosca, ainda mais quando as coisas são tão explícitas e descaradas.

Ao som dos cdjs não adianta a ilusão de um encontro casual, espontâneo. As pessoas estão ali com objetivos bem claros, e qualquer aproximação só se justifica por uma explosão carnal ou mesmo por um interesse não declarado em suprir a depressão momentânea causada pela embriaguez. No outro dia, sobram ressaca, bad e solidão. Cada um na sua, lutando arduamente para sobreviver!

Em uma atmosfera carregada por luzes coloridas e uma euforia induzida, não há espaços para anjos. Como esperar então que a flecha do cupido te acerte em cheio? Impossível! E antes que digam que isso é um texto descrente e frustrado de um mal amado: aprendi que me basto. Nunca me senti tão satisfeito pela incrível pressão provocada pelos dois conjuntos de músculos das minhas mãos. Vivo aventuras épicas, sou amante de estereótipos perfeitos e evito qualquer tipo e risco de exposição daqueles esquecidos dentro de quartos escuros, “matinhos”, banheiros, vapores...

Tenho medo da promiscuidade, da fornicação inconsequente. Mas isso ainda é pouco, perto do medo que tenho de me relacionar com certos tipos programados exclusivamente para o seu bel prazer.

Eu quero um namoro, não um divã. Não preciso de apenas mais uma companhia para as baladas. Quero me divertir com coisas simples e inusitadas, rir e me emocionar com pequenos gestos. Não quero me tornar um pai, o ditador, aquele que impõe regras. Espero o mínimo de maturidade, para que possamos crescer juntos. É pedir demais?

No fantástico mundo de Doug não tem cavalo branco, carruagem e outras tantas fantasias, mas me permiti sim idealizar um perfil responsável, bonito, inteligente e divertido. Mais do que isso para quê, não é?

Que fique claro: não estou a procura. Mesmo porque namoros assim não se “acham” ou “caçam”... eles simplesmente acontecem.

5 comentários:

Paula Jácome disse...

Vou te contar então aonde eu encontrei meu marido. Numa amizade de 7 anos... Fomos colegas de classe e sempre fomos muito amigos. Namorei 5 amigos dele, pois só saíamos juntos. Um dia, ele tinha terminado com a namorada e eu estava só. Nos beijamos e nesse momento tive certeza de que ia casar.
O que quero dizer é: nem precisa procurar, acontece, é só se abrir pra isso.
Gostei do texto. Esxlanação importante!

Thiago Miranda disse...

adorei o texto amigo...
tbm aprendi muito isso tudo recentemente, vc bem sabe...
Mas Deus, sabe o momento certo de cada um passar por cada provação... Paciencia e perseverança! A vida da gente é boa demais pra ser desdenhada. Não se desdenhe!

Unknown disse...

Doug... Douguito...
Eu frequentador assíduo das buates da vida, tenho a mesma opinião e impressão que vc tem... E é por isso que desde que terminei meu ultimo relacionamento e comecei a frequentar as baladas, optei por não namorar! Estou bem descrente dos matinhos, do escuro e das luzes coloridas... Eu me basto até que encontre alguém que me faça pensar e agir diferente!

Gabriel disse...

eles simplesmente acontecem.

esse final é reconfortante uhauha
apesar de estar acostumado as vezes acho que a solidão sufoca e é interessante a visão positiva que voce tem dela.

Jamil Neto disse...

Nossa, estou atônito.
Não sei o que nem como escrever.
Nunca tinha lido algo que pudesse descrever e interpretar tão bem opiniões e sentimentos meus. Que sensibilidade!
Só me resta parabenizá-lo, reverenciando seu talento.
Jamil