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sexta-feira, 8 de abril de 2011

De repente

Tiros, gritos e sangue ocupam as salas e tudo, de repente, não mais que de repente.

A terra treme sob seus pés e uma onda enorme de desespero, dor e incompreensão nos arremessa violentamente contra tudo que um dia fingimos acreditar: a escola é um lugar seguro.

Escola não é, e nunca foi, um lugar tranquilo, não se engane! Da pequena violência - que risca carros de professores, fura pneus de diretores e ofende, espanca e mata gays e gordos, por exemplo - até a atrocidade
explícita, nua e crua, de um aluno armado que atira a queima roupa contra seus antigos colegas.

Quantas histórias já tivemos (menores que essa, é claro!) e quantas outras ainda teremos para entender que segurança é sim um assunto que se trata desde o maternal? De repente, não mais que de repente, não há mais lugar seguro, pessoal. A terra desce, o chão treme, os tiros acertam e as ondas sucumbem até os mais fortes. E ao contrário do tom otimista, o mesmo choro que vem pela noite é ouvido durante toda a manhã, e vice-versa.

De repente, não mais que de repente, qual será a próxima tragédia que assistiremos horrorizados? Estaremos a salvo? Sinceramente, eu duvido. Deus queira que demore, mas do jeito que as coisas andam, é só uma questão de POUCO tempo, infelizmente.

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