Desde que abri as portas desse serviço de entrega (pessoal e não remunerável) sempre, já no finzinho dos dezembros, perdia um tempo danado refletindo sobre o ano que passou e listando uma série de aspirações para o outro que vinha.
Pouca coisa mudou a não ser a baixa frequência dos deliverys - o que pode sinalizar sim um mau momento desse meu produto no mercado, ops, blogosfera - e uma certa preguiça com promessas e planos extensos. Cheguei a sensata conclusão de que preciso ser mais objetivo comigo mesmo como, por sinal, pedem os dias atuais.
Fiz disso um exercício pessoal e decidi que eu resumiria ao máximo tudo o que estava em minha cabeça, chegando - se tivesse sorte - a apenas uma palavra, que seria como o meu "código cultural" durante 2011. O meu destino e o meu começo, um ponto de partida e outro de chegada.
Consegui não em uma, mas em duas palavras. A princípio pode parecer estranho, mas "MASTIGAR MAIS" tem tudo o que preciso para começar, caminhar e encerrar bem os 365 dias que vem pela frente.
Mastigar mais as percepções antes de julgar.
Mastigar mais as palavras antes de impor a minha opinião.
Mastigar mais os preconceitos e, se possível, cuspi-los longe.
Mastigar mais os sentimentos, intensificando mais o sabor de cada uma de minhas relações.
Mastigar mais o meu trabalho evitando refluxos.
Mastigar mais as minhas ideias e esboçá-las de forma 100% clara.
E claro, mastigar mais a comida, comer menos, engordar menos, precisar malhar menos e, por fim, ter assim um tempo livre para fazer qualquer outra coisa boa que eu quiser.
Precisa de mais?
Feliz Natal e um excelente 2011 a toda minha clientela.
; )
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Desconstruir histórias
Jéssica adorava pontos finais.
Tecia histórias inteiras - às vezes longas, outras curtas demais - pelo simples prazer de encerrá-las. Ouviu uma conversa de início, meio e fim, certa de que sua parte favorita estava sempre lá, na última linha, esperando por ela.
Assim, obstinada, ela se atirava sem medo em novas propostas e aturava feliz todos as coisas que aconteciam pelo simples prazer de um dia apertar com força a ponta do lápis em uma minúscula, mas objetiva bolinha escura, tipo essa .
Doa a quem doer, não era mesmo da sua conta. Viveu certa de que controlava o tempo de suas orações, a perenidade de suas relações. Estava convicta de que só dependia dela decidir... e acabar! Só ignorou um último ponto, aquele que, um dia, finalizou a sua própria existência. Jéssica ponto, final.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Enquanto isso lá no Facebook...
É mais um daqueles aplicativos inúteis do Facebook, mas dessa vez me senti tentado a participar. "My Year in Status", como o próprio nome sugere, faz uma triagem aleatória das frases publicadas lá no perfil da rede social nos últimos meses, e junta tudo em um texto no mínimo improvável. Clique na imagem abaixo e veja um pouco do que eu andei postando por lá...
... E não é que o ano passou e eu nem vi?!?
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Enquanto isso lá no Twitter...
Dia 11/12, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, será lançado um livro com os minicontos enviados para o concurso #ETCBIENAL. Os três que enviei estarão no projeto.
Um pouco de crossmedia
A casa era grande, o coração também, ambos vazios. Decidiu que era hora de jogar tudo no chão. O espaço um dia seria preenchido por emoções. (30/11/2010)
***
A história de um anão não deve ser contada pela metade. A de um albino não precisa passar em branco e a de um negro não tem de ser uma escuridão. Preconceitos idiotas não estão com nada! Gays não precisam necessariamente ser promíscuos, divertidos ou afetados, mas PODEM SER (assim mesmo em negrito e CAPS LOCK)!!! Não pelo que os outros acreditam e sim por aquilo que querem ser. É o que chamam de "opção". (09/12/2010)
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